A ultrassonografia transvaginal também é um exame fundamental na pesquisa de fatores femininos de infertilidade, uma vez que analisa as partes internas do trato reprodutor feminino.
O que se avalia Ultrassonografia para Teste de Fertilidade
Nos ovários, avalia-se presença de cistos patológicos, como o endometrioma (endometriose no ovário) ou tumores ovarianos. Além dessas avaliações, o ultrassom transvaginal também é um marcador indireto da reserva ovariana.
A contagem de folículos na fase folicular inicial (primeiros dias do ciclo menstrual) demonstra a quantidade de possíveis folículos que podem ser estimulados durante o tratamento de estimulação ovariana para a inseminação artificial ou a fertilização in vitro.
Quanto mais jovem for a mulher, teoricamente, maior o número de folículos ovarianos.
Análise da Ultrassonografia para Teste de Fertilidade
A contagem dos folículos antrais (cada folículo contém um óvulo dentro) é um importante marcador de reserva ovariana. Também a contagem do número de folículos é um dos marcadores para o diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), mas alterações isoladas na ultrassonografia não é suficiente para o diagnóstico dessa síndrome.
Durante o período ovulatório a ultrassonografia mostra o folículo dominante e quando o folículo atinge um tamanho de 18mm a 20mm de diâmetro, está próximo de romper e liberar o óvulo que será captado pela tuba uterina. Após a ovulação, ocorre a formação do cisto de corpo lúteo, que ao ser visualizado ao ultrassom também mostra que houve ovulação.
Portanto, dependendo da fase do ciclo menstrual em que o exame é realizado, observaremos aspectos diferentes dos ovários.
Avaliação do Endométrio
O aspecto do endométrio também é importante para analisar a capacidade reprodutiva da mulher. Durante a fase folicular, o endométrio se espessa e tem um aspecto trilaminar característico dessa fase. Após a ovulação, por ação da progesterona, o aspecto é diferente, tornando-se hiperecogênico (mais branco ao ultrassom).
A espessura ideal do endométrio para implantação do embrião varia entre 7 mm a 14 mm. Mulheres que apresentam endométrio fino (abaixo de 6mm) no período de implantação (de 5 a 7 dias após a ovulação) têm menor chance de gravidez.
Caso o endométrio apresente alterações em sua formação a mulher pode ter dificuldades para engravidar porque o embrião não se implanta corretamente no endométrio (camada interna do útero) e assim, mesmo com o encontro do óvulo com o espermatozoide, não ocorre a gestação.
Também pode ser visibilizado estruturas dentro da cavidade endometrial, tais como pólipos ou miomas submucosos. Quando presentes, esses devem ser retirados cirurgicamente, pois dificultam a gestação e aumentam o risco de aborto espontâneo. Os miomas e a adenomiose são alterações na camada muscular do útero e podem ser diagnosticados através da ultrassonografia.
Na suspeita de endometriose profunda, a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é um exame importante para identificar os locais de endometriose. Atualmente, esse exame apresenta acurácia semelhante ao exame de ressonância magnética na investigação de endometriose.
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