Quem tem Ovários Policísticos pode engravidar?
Para quem tem ovários policísticos, a busca pela gravidez pode se tornar algo longo e doloroso pela espera. A cada dia que passa, o sonho de ser mãe parece que vai se distanciando e piora quando o problema é relacionado a saúde do próprio corpo, como a síndrome dos ovários policísticos.
O que muitas mulheres não sabem é que há tratamento e acabam sofrendo por anos na tentativa da gravidez, sem o sucesso.
Essa doença é uma das principais causas da dificuldade na reprodução, pois, quando afetado por esse problema, o ovário produz uma elevada quantidade de androgênio, um hormônio que dificulta a evolução dos óvulos, prejudicando a ovulação. Dependendo da quantidade produzida, a mulher pode ter um período fértil irregular ou nem apresentar período fértil, por exemplo.
Como todas as doenças o tratamento é longo e exige paciência. Vale ressaltar que mulheres com ovários policísticos não são estéreis, e em termos de reprodução humana, este é um dos problemas mais simples de se resolver.
Além disso, o casal que quer engravidar há mais de um ano e não consegue precisa fazer uma investigação na saúde de ambos.
A primeira providência a ser tomada é a consulta com o médico ginecologista ou obstetra para realizar este controle, pois somente este profissionais poderá prescrever uma série de medicamentos e tratamentos hormonais que irão aliviar os distúrbios colaterais e, também regular o ciclo menstrual e ovulação. Há casos específicos nos quais a mulher tenha que se submeter à cirurgia. O diagnóstico de qualquer tipo de complicação causa um pouco de ansiedade e até mesmo angustia.
A falta de cuidados adequados pode ocasionar o retorno de todos os sintomas e dificuldades sentidos pela paciente antes do diagnóstico.
Além disso, é aconselhado antes de engravidar, a importância da mudança de estilo de vida, antes de qualquer intervenção a mulher deveria especialmente reduzir o peso através de exercícios, em mulheres com sobrepeso, reduzir do fumo e consumo de álcool. A perda de peso é um fator bastante importante que podem influenciar na dificuldade de reprodução, então, tenha sempre controle do peso, para o sucesso do tratamento mais rápido.
A segunda providência para as mulheres que desejam engravidar, é buscar, juntamente com seu parceiro, a ajuda de um médico especialista em reprodução humana assistida.
No começo do tratamento é comum o médico receitar anticoncepcionais hormonais para regular a menstruação, não deixando os ovários funcionarem, sendo assim, impedem a passagem do folículo e enquanto o organismo da mulher está sob efeito do contraceptivo, os ovários ganham tempo para se recuperar dando a possibilidade da ovulação novamente, consequentemente, aumentando as chances de uma gravidez. Depois que o ciclo menstrual é normalizado, o uso do medicamento é suspenso. O médico especialista também pode recomendar medicamentos para induzir a ovulação. No decorrer de cinco dias, a partir do terceiro dia do ciclo, a mulher recebe uma dose diária do indutor, que é uma alternativa para estimular o ovário a produzir os folículos que darão origem aos óvulos.
Há medicamentos com diferentes finalidades que também podem ajudar no tratamento.
Caso o tratamento não tenha sucesso, outra alternativa para essas pacientes é a fertilização in vitro, a principal técnica utilizada para tratar a infertilidade. Com tamanha precisão, a chances de sucesso são altíssimas já na primeira tentativa. Tem também a opção da cauterização ovariana laparoscópica ou drilling ovariano.
Cada caso merece uma atenção especial e o ideal é ter sempre o de um especialista em Reprodução Humana.
Dr. Claudio Guimarães é Urologista e Especialista em Reprodução Humana.