Câncer de Próstata é o câncer mais incidente na população masculina. No Brasil, todo ano, cerca de 50 mil homens são diagnosticados com a doença. Estima-se que o risco de desenvolver esse câncer ao longo da vida é 15 a 20%.
Embora ocorram casos em que há influência genética (hereditária), isso representa apenas 15% dos tumores de próstata, o que significa que 85% dos casos de câncer de próstata, acontecem em pacientes que não têm nenhum histórico familiar da doença.
O risco de câncer de próstata pode estar aumentado nas seguintes populações:
• Sobrepeso e Obesidade
• Sedentarismo
• Dieta rica em gorduras
• Tabagismo
• Antecedente familiar
Na fase inicial, o câncer de próstata não provoca nenhum sintoma, o que torna o exame preventivo ainda mais importante. Um câncer diagnosticado nessa fase tem mais de 90% de chance de cura. O mesmo, não se pode dizer para as fases avançadas da doença.
Sintomas do Câncer de Próstata
Quando a doença não está mais na fase inicial, alguns sintomas podem ocorrer:
- Urinar pouco de cada vez;
- Urinar com muita frequência, principalmente à noite;
- Dor ou ardência ao urinar;
- Urinar com dificuldade;
- Presença de sangue no sêmen na urina;
- Dor ao ejacular;
- Perda de peso;
- Dor óssea.
Exames para Detecção do Câncer de Próstata
O exame para detecção precoce do câncer de próstata, baseia-se na dosagem de PSA e exame da próstata (exame de toque).
O PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma substância produzida pela próstata e dosada no sangue. O fato desse exame estar normal, não exclui a chance de câncer. É necessário realizar também o exame de toque da próstata.
Para prevenção do Câncer de Próstata, havendo histórico familiar, recomenda-se iniciar check up urológico a partir dos 45 anos; sem histórico o check up pode iniciar aos 50 anos.
Infelizmente, o preconceito ainda é o maior inimigo. Muitos homens deixam de fazer o exame preventivo por esse motivo e acabam sendo diagnosticados em fases avançadas da doença, em que não há mais chance de cura.
A biópsia da próstata é indicada quando os exames anteriores apontam a suspeita. É um exame feito sob sedação, com o paciente dormindo. Introduzimos um aparelho de ultrassom pelo ânus e, através da parede do intestino, identificamos a próstata e coletamos fragmentos de tecido desse órgão (geralmente 12). Esse material é enviado para análise por um médico patologista, que baseada em análise no microscópio, diz se há presença de células cancerosas e se a doença é pouco ou muito agressiva.
Tratamentos para o Câncer de Próstata
O tratamento para o câncer de próstata depende muitos fatores. Primeiro, precisamos estadiar a doença, isto é, precisamos saber se o câncer está apenas na próstata ou se há disseminação da doença (metástases).
Para cada estágio da doença, há diferentes formas de tratamento. O papel do médico é explicar cada uma dessas formas, incluindo vantagens e desvantagens de cada uma delas e o mais importante, ouvir a opinião do paciente.
Quando a doença está localizada apenas na próstata, o “volume” de tumor é pequeno e o câncer é pouco agressivo, e neste caso podemos, inicialmente, optar por apenas acompanhar o paciente. Isso não significa não fazer nada. Realizamos a cada 6 meses ou anualmente exames de ressonância e biópsia da próstata, chamamos isso de vigilância ativa. Se os exames mostrarem que o tumor assumiu características agressivas, mudamos nossa conduta.
Ainda quando a doença é localizada, mas o paciente não deseja vigilância ativa, ou se as características do tumor não permitem isso, podemos operar o paciente ou realizar radioterapia, em que radiação é utilizada para destruir as células cancerosas. Há vantagens e desvantagens de cada técnica, que devem ser cuidadosamente abordadas na consulta.
A grande maioria das cirurgias que realizamos atualmente são robóticas, em que um robô reproduz os movimentos das mãos do cirurgião, permitindo maior precisão e destreza. Dentre os benefícios podemos destacar a recuperação.
Quando a doença está disseminada, infelizmente não há mais chance de cura, mas podemos evitar que o tumor aumente, por prescrever uma medicação para reduzir a testosterona (hormônio que serve de “alimento” para o tumor), mantendo o câncer controlado.