avaliação hormonal para fertilidade

A avaliação hormonal da fertilidade é essencial para identificar as causas da dificuldade de engravidar nas mulheres.  Alterações hormonais podem impedir a ovulação (onovulação crônica) ou promover uma ovulação inadequada (disovulias), o que dificulta ou até mesmo impede a gravidez.

Os hormônios FSH, LH e estradiol são solicitados entre o segundo e quinto dia da menstruação e mostram de maneira indireta se há algum distúrbio na produção desses hormônios, bem como revela a reserva ovariana da mulher. 

Assim uma avaliação hormonal pode indicar se há algum problema nesse quesito e auxiliar no tratamento da infertilidade.

Principais hormônios a investigar

Entre os principais hormônios femininos que podem ser avaliados para revelar a infertilidade estão, o FSH e a progesterona. 

Dosagens maiores ou menores de cada um deles, podem indicar a presença de distúrbios hormonais que impedem a gestação.

O FSH com valores acima do esperado estão relacionados com menor reserva ovariana, insuficiência hormonal dos ovários ou até a falência ovariana (pacientes próximas da menopausa).

Outro hormônio é a progesterona, um hormônio produzido no ovário a partir da segunda metade do ciclo menstrual (após a ovulação), sendo chamado de fase lútea. Ele é responsável pela modificação do endométrio para receber um possível embrião. Valores baixos de progesterona solicitados entre o 21º e 22º dias do ciclo menstrual revelam eventual ausência de ovulação ou mesmo insuficiência da fase lútea, uma importante causa de infertilidade.

Mas outros hormônios também estão envolvidos no processo de ovulação e no funcionamento correto dos ovários, sendo importantes para avaliação hormonal para fertilidade, como:

  • glândula tireóide: suas alterações podem prejudicar a ovulação;
  • hormônios produzidos pela glândula suprarrenal, principalmente o cortisol (hormônio do stress);
  • prolactina, hormônio produzido na glândula hipófise que altera a produção de FSH e LH e em níveis elevados leva a anovulação (ausência de ovulação) crônica.
  • o hormônio antimulleriano é produzido pelas células da granulosa de folículos antrais e pré-antrais no ovário e pode ser dosado no sangue. Como ele é produzido pelos folículos em crescimento ou com potencial de crescimento, é um marcador de reserva ovariana, pois representa indiretamente a quantidade e qualidade dos folículos ainda existentes nos ovários. Os níveis de AMH decrescem com a idade da mulher, chegando próximo a zero na menopausa.

Mulheres com dosagem de FSH normal porém com valor baixo do AMH apresentam maior dificuldade de obtenção de óvulos em ciclos naturais ou estimulados para a fertilização in vitro.

A inibina B é produzida pelos pequenos folículos ovarianos, sendo um marcador direto da atividade ovariana, sendo relacionada ao número de óvulos obtidos. Seu valor máximo é na fase folicular média (entre o 7º e 12º dias do ciclo menstrual) e apresenta um pico no período ovulatório, declinando na fase lútea. Mulheres com valores baixos de inibina B, mesmo com FSH normal, apresentam menor reserva ovariana, sendo que mulheres na menopausa apresentam valores menores que 5 pg/L.

Mulheres com dosagem de FSH normal porém com valor baixo do AMH apresentam maior dificuldade de obtenção de óvulos em ciclos naturais ou estimulados para a fertilização in vitro.

A inibina B é produzida pelos pequenos folículos ovarianos e é um marcador direto da atividade ovariana, sendo relacionada ao número de óvulos obtidos. Seu valor máximo é na fase folicular média (entre o 7º e 12º dias do ciclo menstrual) e apresenta um pico no período ovulatório, declinando na fase lútea. Mulheres com valores baixos de inibina B, mesmo com FSH normal, apresentam menor reserva ovariana, sendo que mulheres na menopausa apresentam valores menores que 5 pg/L.

O diagnóstico assertivo permitirá definir um plano de tratamento para seu caso.

Dr. Claudio Guimarães é Urologista e Especialista em Reprodução Humana.

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